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Ricardo Serrão Santos: “Se virmos o oceano só como espaço para a economia, os riscos são enormes”


Published: 4 June 2025 at 07:30 Europe/London

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No mar profundo, há corais que hoje são grandes, mas que se começaram a formar há 4000, 5000 anos. “Ainda Alexandre o Grande andava por aí”, diz Ricardo Serrão Santos, para explicar a impossibilidade de recuperar a vida destes ecossistemas, se a exploração mineira avançar. “Isto dá uma ideia de quão irrecuperável é o mar profundo se o destruirmos”.

Enquanto ministro do Mar, entre 2019 e 2022, e deputado europeu pelo Partido Socialista, Ricardo Serrão Santos, que estuda a biodiversidade marinha e os ecossistemas oceânicos, cruzou-se várias vezes com a vontade de alguns de avançar para a extracção de minerais no fundo do mar – um objectivo que já rondou o mar dos Açores.

Cientista principal honorário no Instituto OKEANOS, na Universidade dos Açores, foi um dos coordenadores do relatório pedido pelo Presidente francês, Emmanuel Macron, sobre a mineração no mar profundo, para a Conferência das Nações Unidas dos Oceanos em Nice, de 9 a 13 de Junho.

“Os impactos da mineração são incomensuráveis, e sentir-se-ão a grandes distâncias na coluna de água, onde há recursos relevantes para as pescas e para o turismo”, alerta.

Edição: Magda Cruz

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